Campo Grande (MS) – A Secretária Especial de Cidadania de Mato Grosso do Sul, Luciana Azambuja, participa nessa quarta-feira (02.10), em Florianópolis/SC, de reunião do Grupo de Trabalho “GT CODESUL Fronteiras”, integrado por representantes das comissões de políticas públicas para mulheres e de segurança pública dos Estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
O grupo de trabalho, existente desde dezembro/2017, avalia a situação de violência que acomete as mulheres fronteiriças, propondo políticas públicas para o empoderamento, o empreendedorismo e a superação das desigualdades. Em Mato Grosso do Sul, 18 municípios foram selecionados para o projeto, por estarem na divisa ou na faixa 50km das fronteiras com Bolívia e Paraguai: Corumbá, Ladário, Porto Murtinho, Caracol, Bela Vista, Antônio João, Ponta Porã, Aral Moreira, Laguna Caarapã, Amambai, Coronel Sapucaia, Paranhos, Sete Quedas, Tacuru, Japorã, Eldorado, Iguatemi, Mundo Novo.
Sobre o projeto em Mato Grosso do Sul, denominado “MS Fronteiras”, a secretária destaca: “reunimos no CODESUL quatro Estados com diferentes características, mas com o ponto comum de terem a mesma preocupação com as violências que acometem as mulheres fronteiriças, uma vez que geograficamente são mais vulnerabilizadas e vítimas de crimes próprios da fronteira, como o aliciamento para o tráfico de drogas, armas e munições; falamos também sobre a questão das famílias binacionais, sobre a necessidade de implantarmos/fortalecermos equipamentos especializados de atendimento à mulher nos municípios de pequeno e médio portes e sobre a pactuação binacional para compartilhamento de serviços existentes nos municípios.”
O projeto “CODESUL Fronteiras” abrange 77 municípios e mais de 4.000km de extensão de fronteiras com 4 países. A reunião de Florianópolis avalia também os próximos passos após a audiência pública promovida pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado Federal, realizada em julho/2019, “para que cada Estado-membro possa pactuar um plano de ações estratégicas para o enfrentamento à violência contra mulheres, compartilhando as boas práticas e as iniciativas exitosas, atraindo parcerias, recursos nacionais e internacionais, investindo no desenvolvimento econômico, gerando empregos e oportunidades”, finaliza a secretária.