O machismo estrutural, a heteronormatividade e a LGBTfobia em nossa sociedade, incluindo, nos grupos familiares, fazem com que muitos LGBT+ sintam-se fragilizados. Essa lógica perversa gera consequências emocionais sérias, como transtornos de ansiedade e depressão. Em casos mais graves, um risco maior de suicídio.
Com o objetivo de discutir a temática e em alusão a campanha “Setembro Amarelo”, dedicada à prevenção ao suicídio, a Subsecretaria Estadual de Políticas Públicas LGBT, realiza na próxima quinta-feira (17.09), uma roda de conversa on-line com o tema “Saúde Mental e População LGBT+”, a partir das 19h30, com transmissão pela página do Facebook da Subsecretaria: @SUBLGBTMS.
Além do sofrimento psíquico causado pelo estigma social, ainda há o enfrentamento da população LGBT+ às diversas situações de constrangimento, agressões verbais e discriminação nos serviços onde buscam atendimento e cuidados à sua saúde.
“A discriminação por orientação sexual e identidade de gênero incide no processo de sofrimento e adoecimento decorrente do preconceito e do estigma social”, explica o Subsecretário Estadual de Políticas Públicas LGBT, Leonardo Bastos.
Alguns estudos mostram que o público LGBT tem um risco maior de cometer suicídio, como a pesquisa realizada na Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, com 32.000 jovens anônimos, entre 13 e 17 anos, estudantes de uma escola pública. Concluíram que adolescentes gays são 5 vezes mais propensos a tentar suicídio do que os heterossexuais e os adolescentes que vivem e estudam em locais que aceitam melhor gays e lésbicas têm 25% menos probabilidade.
No Brasil temos o estudo de Daniela Ghorayeb, que mostrou que 67% dos entrevistados afirmaram sentir vergonha de sua orientação sexual, sendo 35% com depressão e 10% com risco de suicídio. Segundo os entrevistados a religião e as pressões sociais foram os fatores que mais induziriam a esse tipo de sentimento e as mulheres e adolescentes entre 16 e 21 anos afirmaram que o medo de frustrar a família era o que mais pesava.
A roda de conversa será mediada pelo Subsecretário Leonardo e pela Gerente Estadual da Rede Psicossocial da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Michele Scarpin e terá como convidados: Gabrielly Antonieta – Psicóloga Clínica, pós-graduanda em Saúde Mental pela UCDB, Mulher Cis Bissexual; Maria Letícia do Carmo Nantes – Médica pós-graduada em Atenção Básica a Saúde da Família e Residente de Psiquiatria, Mulher Bissexual e Voluntária da Clínica Social da Casa Satine e Roberto Maia – Psicólogo, psicanalista e coordenador do Centro de Cidadania LGBTQIA+ de João Pessoa.
Serviço:
Roda de conversa: “Saúde Mental e População LGBT+”
Horário: 19h30
Local: Facebook da Subsecretaria: @SUBLGBTMS