Para evitar a mortalidade materna e infantil em Mato Grosso do Sul, o governador Reinaldo Azambuja lançou, nesta sexta-feira (19), o programa “Bem Nascer”, com investimentos de mais de R$ 14 milhões na estruturação da rede de atendimento à mulher grávida no Estado.
“O projeto é um chamamento que nós fizemos para preservar vidas, das mulheres e das crianças. Então, o Governo do Estado organizou o ‘Bem Nascer’ com equipamentos, qualificação, treinamentos e recursos financeiros para contratar mais médicos, assistentes sociais e outros profissionais para organizar esse sistema em todos os 79 municípios, que devem aderir ao programa e abraçar essa causa, que é da sociedade”, afirmou.
A cerimônia de lançamento foi realizada na Governadoria com as presenças da primeira-dama do Estado, Fátima Azambuja, que é madrinha do “Bem Nascer”, e do secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende. Outros secretários de Estado e prefeitos de diversas regiões de Mato Grosso do Sul também acompanharam o evento.
“Esse projeto é muito importante para nosso Estado, protegendo nossas mulheres e crianças. Meu papel como madrinha, e também de todas as primeiras-damas e prefeitas, é de incentivar, fortalecer e fazer com que esse projeto funcione, com um pré-natal bem feito e um acompanhamento da criança depois do nascimento. É um trabalho de proteção das nossas mulheres e de nossas crianças”, destacou Fátima Azambuja.
Rede de atendimento
Todos os 79 municípios de Mato Grosso do Sul confirmaram adesão ao “Bem Nascer” e 75 deles serão contemplados com a entrega de aparelhos de ultrassons. As cidades de Pedro Gomes, Novo Horizonte do Sul, Glória de Dourados e Taquarussu, por não possuírem estrutura médica para operar o equipamento e emitir laudos, terão como referências as unidades hospitalares da região.
Além de receber equipamentos para intensificar as consultas do pré-natal e fazer acompanhamento diferenciado grávidas de alto risco, os municípios receberão incentivos financeiros de R$ 20 a R$ 30 mil por mês, para custeio das atividades dentro do programa, que tem caráter permanente.
Só neste ano, conforme o Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), 45 óbitos maternos foram registrados no Estado. “Esses índices são os que mais envergonha nosso Estado. Mulheres pobres, indígenas, negras e que não têm informação ou acesso à saúde são as que mais morrem. Então, esse programa vem para mudar essa realidade”, ressaltou o secretário Geraldo Resende.
No resultado parcial do banco de dados do SIM de 2021, a taxa de mortalidade infantil está em 11,02 por mil nascidos vivos, sendo o objetivo alcançar a taxa de 8,8 por 1000 nascidos vivos até 2023 com a implantação e desenvolvimento do projeto.
Participações
Ainda participaram do lançamento o deputado federal Luiz Ovando; os deputados estaduais Paulo Corrêa, que é presidente da Assembleia Legislativa, Mara Caseiro, Gerson Claro e Rinaldo Modesto; e o presidente da Assomasul (Associação dos municípios de Mato Grosso do Sul), prefeito de Nioaque, Valdir Couto Junior.
Já os secretários estaduais que marcaram presença na solenidade foram: Eduardo Riedel (Infraestrutura), Elisa Nobre (Assistência Social e Trabalho), Flavio Cesar (Governo e Gestão Estratégica), Sérgio de Paula (Casa Civil) e Luciana Azambuja (Políticas Públicas para Mulheres).
Bruno Chaves, Subcom
Fotos: Chico Ribeiro