Como forma de prestigiar o Dia dos Povos Indígenas neste dia 19 de abril, a Setescc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania) faz um levantamento dos principais projetos de inserção dos povos originários nas políticas públicas de turismo, esporte, cultura e cidadania do Mato Grosso do Sul.
A transversalidade nas políticas de governo é marca registrada da atual gestão e é de extrema importância para uma integração efetiva da população alvo desses ações adotadas.
No campo do turismo, por exemplo, a Fundtur MS (Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul), com apoio do Sebrae e por meio do programa Trilhar MS, realiza o projeto “Pontes para o turismo de base comunitária no Mato Grosso do Sul”.
O turismo de base comunitária pode contribuir para o desenvolvimento econômico e social das comunidades, bem como para a proteção do meio ambiente, além de poder gerar o sentimento de autoestima nas comunidades e nos seus moradores ao oferecer oportunidades para os jovens, valorização dos saberes, entre outros benefícios.
O projeto visa fazer uma análise situacional, com mapeamento dos envolvidos nas localidades (comunidades, instituições parceiras, poder público), preparação, trabalho de campo, reconhecimento do território e da situação atual do turismo nessas comunidades.
Iniciado no ano passado, o projeto tem a expectativa de realizar um desdobramento, executando algumas ações ou apoiando a execução de outras necessárias para que os territórios consigam, de fato, receber turistas e gerar renda para suas comunidades.
Isso tudo tem como objetivo ajudá-los a estruturar produtos e realizar alguns famtours (viagens de familiarização) para que agências e operadoras de turismo possam conhecer os locais. O diretor-presidente da FundturMS, Bruno Wendling, fala de outras iniciativas além do projeto.
“Já existem iniciativas muito legais acontecendo especialmente em Corumbá. Recebi esses dias a Bela Oyá, primeira agência de afroturismo do Estado e que trabalha com as comunidades quilombolas de Corumbá. Um trabalho fantástico e que vamos potencializar ajudando na promoção e no apoio à comercialização”, destaca Wendling, que completa.
“Entendo que além dos territórios que fomos buscar para desenvolver, estamos abertos a apoiar aquelas iniciativas que já estão em desenvolvimento e que precisam de uma força da Fundação de Turismo, não só na promoção e na comercialização, mas também na estruturação dos produtos”, conclui.
O projeto para o turismo de base comunitária de MS inclui as aldeias Moreira, Boa Esperança, Cachoeirinha e Babaçu, ambas Terenas, localizadas a cerca de 40 km de Miranda – uma das maiores populações indígenas da etnia Terena do país. Além disso, também contempla a comunidade quilombola Furnas de Boa Sorte, a comunidade Paraguai Mirim e a comunidade APA Baía Negra.
Diante do contexto local, o objetivo é analisar qual o potencial ou a experiência turística da comunidade, fazer uma análise da infraestrutura básica, identificar quais as instituições parceiras, qual o trade turístico local e fazer as recomendações para os próximos passos.
Gastronomia
Além deste projeto de turismo de base comunitária, existe a expectativa da Rota Gastronômica Comunidades, que deve ser implementada no próximo ano, juntamente com o chef de cozinha Paulo Machado para que ele possa ajudar a desenvolver a rota.
Com o objetivo de evidenciar a gastronomia dessas localidades, pois ela é parte integrante da cultura dos povos originários e também elemento de transformação social, de atração de fluxo turístico e de investimentos.
Confira as ações de MS para os povos originários no esporte, cultura e cidadania clicando AQUI.
Texto: Débora Bordin, Fundtur MS, com colaboração da Setescc / Foto: Bolivar Porto