O Museu de Arte Contemporânea (MARCO) vai ser completamente reformado e revitalizado. Na manhã da última sexta-feira (26) foram apresentados detalhes do projeto para a comunidade artística e para toda a população na sede do próprio museu. A novidade é a criação de uma sala imersiva e uma cafeteria aos visitantes. A previsão inicial de investimento é de 7 milhões de reais. O período previsto para a realização da obra é de dois anos.
O diretor-presidente da Fundação de Cultura, Eduardo Mendes, afirmou que a ideia é fazer as pessoas participarem mais do museu. “Nós não poderíamos fazer apenas uma pequena reforma porque nós sabemos que a tendência mundial agora também tem a questão das exposições imersivas, ela vem com um novo cenário todo em torno do museu. Nós precisamos dar vida ao museu, trazer um café, uma loja, fazer com que as pessoas participem e trazer a população para dentro do museu. A gente não pode fazer uma reforma de alguns setores sem trazer este setor para conhecer. A ideia é que vocês possam ver o projeto e entender como funciona o projeto e poder optar sobre alguma alteração que precisa fazer. Então quero agradecer a todos que estão presentes hoje para ver a apresentação”.
O secretário de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Miranda, agradeceu a presença de todos e disse que este momento de apresentar o projeto da reforma do MARCO aos fazedores de cultura é muito importante. “Quero agradecer a presença do Conselho de Cultura, do Fórum Estadual de Cultura. O governador Eduardo Riedel ele nos cobra muito isso, ele fala que quem ouve mais erra menos, por isso que a gente fez questão, antes de qualquer começo, que a gente fizesse este momento de apresentação para vocês. Quero agradecer a Agesul pelo trabalho fantástico, pela predisposição em colocar o MARCO como uma prioridade. Este é um momento bacana da cultura de ter este olhar especial do governo do Eduardo Riedel. Isso é o perfil que a gente quer colocar na Fundação de Cultura, na Setesc, um diálogo constante com vocês, fiquem à vontade para críticas e sugestões”.
O gerente de projetos civis da Agesul, Adanilto Faustino Junior, disse que o projeto de revitalização do MARCO está sendo uma experiência muito boa. “É um projeto que está sendo tratado com muito carinho porque destoa um pouco da nossa rotina. Porque estamos acostumados com projetos estritamente técnicos e aqui a gente está preso aos volumes do prédio, não vamos ter alteração de fachada, não vamos ter esse tipo de alteração, mas muito espaço interno quanto mais criatividade melhor para fazer uma adequação melhor. Para a gente é uma experiência muito boa”.
“Esta obra do MARCO é de 2002, e agora estamos em 2024, precisamos adaptá-lo às novas visões de museu, às novas necessidades, e principalmente a de conseguir buscar o público que começou a deixar de comparecer aos museus. Com a internet, com as mídias, a gente está perdendo muito a visitação. A gente tem que ter alterações, o museu não pode ser estático mais, não pode ficar preso, nós temos que trazer inovações, experiências de fora, para fazer uma movimentação aqui a gente precisa de muita adequação. Um dos principais agravos é com relação à cobertura. Nós vamos fazer uma grande reforma na cobertura, refazer todo o projeto de elétrica do museu, todo o projeto de iluminação e cenografia, precisamos fazer um novo alvará dos bombeiros e nos adequar às novas normas necessárias, nós precisamos ter uma grande intervenção na área de acessibilidade para que consigamos receber a todos aqui e vamos reformar o auditório”.
A gerente de Patrimônio Cultural da Fundação de Cultura, Melly Sena, afirmou que algumas as atividades do MARCO vão continuar durante o período de reforma: “O MARCO vai poder realizar esta reforma e voltar a desenvolver os seus trabalhos para a sociedade. Eu gostaria de agradecer a preocupação do Governo do Estado pelo cuidado com nossos equipamentos culturais, que tem se dedicado, por meio da Agesul, para fazer este projeto e nós queremos a presença de todos. O prédio é um equipamento cultural que vai estar parado para reformas, mas nossos técnicos, nossa coordenadora vão estar cuidando das obras e vão ter várias atividades que vão estar sendo desenvolvidas neste período. Uma delas serão algumas oficinas que agora vão acontecer, a gente está prevendo um edital de oficineiros, a gente não sabe ainda em que local vai acontecer mas vão ter oficinas na área de artes visuais e vamos ter o CineMARCO e o CirculaMARCO que vai ter as ações na nossa cidade e também nossas arte educadoras vão levar estas atividades para o interior, onde muitas vezes as pessoas não têm acesso”.
A gestora do MARCO, Vera Lúcia Bento, confirma: “O período que o museu ficou fechado, que foi agora em 2023, nós ficamos fechados para visitação. As salas de visitação foram fechadas porque não tinha condições de manter as obras dentro das salas por conta das infiltrações. Mas nós continuamos com as oficinas presenciais e online, o CineMarco, o Museu vai à Escola, e nós vamos dar continuidade a esses projetos no período em que o museu vai estar fechado. Nós estamos procurando um ambiente, um prédio, que seja adequado para receber a equipe do MARCO com seu acervo durante o período das obras”.
“Tudo que é novo, é belo, agrada aos olhos das pessoas, então hoje eu estava pesquisando no Maps a gente não tem aquela marca que demarca o local, hoje o museu está sem. A gente quer voltar com isso para quando a pessoa vier visitar, abriu o Google Maps, já vai ter as imagens do museu. Eu acho que o café vai ser uma atração legal, a biblioteca que nós vamos modernizar para as pessoas visitarem, vamos trazer exposições, como agora vamos ter a sala de exposições imersivas, que eu acho que é uma coisa bacana, é o inovador hoje no Sistema de Museus, o museu está trazendo inovação, a gente tem que modernizar. Os projetos continuam os mesmos, após a reabertura do museu vamos continuar com as visitas agendadas e mediadas de escolas, as oficinas, tudo isso a gente não vai deixar de executar, e nós vamos trazer ainda mais benefícios para os turistas, alunos e visitantes”
Karina Lima, Comunicação FCMS
Fotos: Ricardo Gomes