Publicado em 30 jun 2025 • por Lucas Castro •
Com o objetivo de promover a saúde física e mental de forma acessível a todas as pessoas, foi realizada, neste domingo (29), a segunda edição do Festival de Yoga Vida Saudável, no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande. O festival é promovido pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer) e da Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura).
Aberto ao público, o evento contou com diversas atividades simultâneas, em diferentes pontos do parque, como caminhada consciente (mindfulness walking), yoga adaptado para pessoas com deficiência, idosos, gestantes e crianças. Além da prática do protocolo indiano, realizado mundialmente em celebração ao Dia Internacional do Yoga. Durante toda manhã a ação teve a participação de mais de 800 pessoas.
Segundo o secretário de Estado de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Miranda, o Governo de Mato Grosso do Sul tem se destacado na inclusão do yoga nos serviços públicos:
“Esses eventos são muito importantes para fomentar uma prática milenar, que busca equilíbrio corporal e saúde mental, primeiro para valorizar esse espaço lindo que a gente tem aqui em Campo Grande, que é o Parque das Nações Indígenas. O Governo do Estado tem um olhar muito especial para o yoga na Secretaria de Educação já é realidade, temos em oito escolas, nós oferecemos o yoga em oito escolas, com a previsão de aumentar para 15 no segundo semestre, buscando essa saúde integral.”
Na ocasião, a professora de yoga e presidente da Associação Yoga para Todos, Tatiane Fernandes, destacou a filosofia por trás da prática:
“A prática de yoga que estamos realizando aqui tem um propósito: levar essa consciência para o nosso dia a dia, prestar mais atenção na respiração, observar como está o nosso corpo, como nos sentimos, e buscar uma forma mais pacífica de nos relacionarmos com o mundo. Os problemas sempre vão existir, mas o que muda é a maneira como lidamos com eles. E é justamente nesse ponto que a prática de yoga contribui: ao enfrentar uma postura mais desafiadora, aprendemos a lidar com nossas dificuldades de forma interna, desenvolvendo equilíbrio e autocontrole.
Embora o yoga seja mais conhecido pelas posturas, asanas, ele vai muito além disso. Há também a meditação, os exercícios respiratórios e toda a filosofia que sustenta essa prática milenar. “Para nós, é muito significativo vivenciar isso hoje, celebrando o Dia Internacional do Yoga, inclusive, essa aula que estamos tendo agora segue o mesmo protocolo aplicado em outras cidades que integram este festival mundial”, comenta Tatiane.
Uma tenda foi reservada para a realização do yoga adaptado e contou com a presença de pessoas com deficiência visual, mobilidade reduzida, gestantes e idosos, vários instrutores conduziram a prática adaptada.
A professora de yoga Caroline Adler, de 48 anos, explica o que é o yoga adaptado: trata-se de uma prática que acolhe todos os tipos de corpos, sem qualquer distinção.
“Aqui temos pessoas com mobilidade reduzida, deficiência visual, idosos, gestantes. Algumas já tiveram contato anterior com o yoga, enquanto que, para outras, é a primeira vez. Fizemos contato com algumas associações, convidamos e elas aceitaram com entusiasmo.”
Ela lembra que, na primeira edição não havia uma tenda voltada especificamente ao yoga adaptado:
“No ano passado percebemos que muitos idosos, que frequentam o parque nas primeiras horas do dia para atividades físicas, tiveram dificuldade de acompanhar a prática durante o evento. Por isso, neste ano, conversamos e decidimos montar uma tenda dedicada ao yoga adaptado, justamente para atender esse público.”
Além de promover a inclusão, a atividade proporciona bem‑estar físico, mental e social, ao possibilitar a convivência com outras pessoas. Caroline reforça que o yoga não perde sua essência por ser feito de forma adaptada:
“O yoga não é menos yoga se é feito na cadeira. Aqui na tenda temos 30 cadeiras, mas, se uma gestante ou idoso preferir fazer no chão, com o tapetinho, pode participar da mesma forma. A diferença está apenas nas adaptações; por isso chamamos de yoga adaptado e inclusivo.”
Bel Manvailer, Comunicação Setesc
Fotos: Daniel Reino/ Comunicação Setesc