A UEMS na Comunidade fechou a sexta e última edição de 2023 na Praça da Homex, na região do Bairro Jardim Centro-Oeste, neste fim de semana, em Campo Grande. A tarde de sábado (21) foi de serviços e conscientização contra os maus-tratos para com os animais. A Setescc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania), parceira do evento, marcou presença esclarecendo à população o que é considerado maus-tratos e a importância de castrar cães e gatos.
Com mascotes da Assessoria Especial de Defesa e Proteção da Vida Animal, pasta ligada à Setescc, foram entregues folders e gibis, que de forma lúdica explicam para as crianças como proteger e cuidar dos animaizinhos.
Pela segunda vez a Assessoria Vida Animal participa da ação, e para o assessor especial de Defesa e Proteção da Vida Animal, Carlos Eduardo Rodrigues, é estes espaços que a pasta precisa ocupar.
“O projeto tem um olhar mais especial em relação aos lugares, como periferia, e vem até aqui falando a linguagem deles, por meio da cultura, com práticas esportivas. E nós temos que somar, é onde a gente entra para falar com a população, porque dentro do nosso programa MS Vida Animal temos duas diretrizes de atuação, o controle ético populacional de cães e gatos através da castração, e o combate aos maus-tratos, que vem com a conscientização”, pontua o assessor especial Carlos Eduardo Rodrigues.
Além de alertar sobre os maus-tratos, a Assessoria Vida Animal também explicou à comunidade o que é posse responsável de um animal, os cuidados básicos com a saúde, higienização e alimentação. “Quando você quer adotar um animal é importante que você saiba que existem leis que protegem aquele animal. Hoje, o crime de maus-tratos pode dar uma pena de 2 a 5 anos”, adverte Carlos.
Na Comunidade
Para o reitor da UEMS, Laércio Alves de Carvalho, a universidade cumpre seu papel ao se aproximar da população. “Estamos muito felizes por estarmos aqui, porque este é o nosso papel, de servir toda essa comunidade, trazendo um pouco de alegria, esperança e, principalmente, aproximando a ciência deles, e mostrando que é possível que todos os moradores daqui ingresses na UEMS, que é uma universidade pública e do povo de Mato Grosso do Sul”, ressaltou.
À frente do projeto, a pró-reitora de extensão de Cultura e Assuntos Comunitários, Érika Kaneta Ferri, fala que com esta edição já foram atendidas 25 mil pessoas em todo o Estado só neste ano. “Ele é um programa permanente e a ideia é ofertar serviços da Universidade em parceria com as secretarias do Estado. Nosso maior objetivo aqui é mostrar quais cursos nós temos, para que os jovens vejam que é possível entrar numa universidade pública, gratuita e de qualidade”, pontua.
O público pode conferir desde cineclube, oficina de literatura e poesia, apresentações de dança, roda de conversa sobre saúde sexual e reprodutiva, além de serviços como emissão de documentos, montagem de currículos e orientações sobre dignidade menstrual e distribuição de absorventes.
Acadêmica de História da UEMS, Raianne Lima Santos foi uma das participantes no estande que oferecia oficina de tranças para crianças e adolescentes. “É a primeira vez que estou na ação, e acho muito legal fazer os cabelos, principalmente de quem não tem oportunidade de aprender”, conta. Negra, ela descreve que o empoderamento e a força da mulher negra também passa pelos cabelos. “Você começa a se aceitar como negra pelo cabelo. Eu só usava o meu amarrado, até que comecei a conhecer mais, e a aceitar o meu cabelo”, completa.
Para a adolescente Jenifer da Silva Pereira, de 15 anos, moradora da comunidade, ações como esta da UEMS poderiam acontecer mais vezes. “Às vezes a gente precisa ir lá no Centro para resolver alguma coisa, e é interessante porque vocês vieram aqui. Eu gostei muito da oficina de leitura, essa parte aqui das tranças, e da emissão de documentos”, diz.
O próximo UEMS na Comunidade deve acontecer no primeiro trimestre de 2024.
Paula Maciulevicius, da Setescc