No mês de maio é discutido nacionalmente o tema assédio moral e sexual no trabalho. Nesta terça-feira (16) com o objetivo de dialogar sobre o assunto, a Subsecretaria de Políticas Públicas para as Mulheres, ligada à Setescc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania) realizou uma live juntamente com o Ministério das Mulheres.
A subsecretária de Políticas Públicas para as Mulheres, Cristiane Sant’anna de Oliveira, explica que esse mês é voltado para a discussão estadual do tema de assédio. “Estadualmente é um mês de prevenção, elaboração de propostas para que efetivamente se transformem em políticas públicas de atendimento às mulheres. A violência que tem assolado mulheres que estão adoecendo e as fazendo até desistirem de suas carreiras profissionais.”
O diálogo online contou com a presença de gestoras municipais, deputadas estaduais, vereadoras, conselheiras de direitos da mulher, convidadas da sociedade civil organizada e representantes de entidades governamentais que atuam na área de defesa do direito das mulheres. A Ministrante da live Neuza Tito, Diretora de Autonomia Econômica e Cuidados do Ministério das Mulheres, explicou que o Assédio Moral e Sexual se caracteriza como um processo sistêmico de violência no trabalho, e se dá de forma gradativa. O Assédio Sexual são favores sexuais pedidos geralmente usando a seu favor um cargos de destaque e hierarquia.
Ela explica que alguns segmentos populacionais são mais assediados que outros; os mais assediados são, mulheres, mulheres negras e a população LGBTQIA+. Segundo a Pesquisa realizada pelo Instituto Patrícia Galvão e Instituto Locomotiva em 2020, 76% das mulheres disseram que sofreram algum tipo de assédio no âmbito do trabalho, 92% das pessoas entrevistadas na pesquisa concordam que mulheres sofrem mais situações de constrangimento e assédio no ambiente de trabalho que os homens; e 1 a cada 6 mulheres pedem demissão devido ao assédio moral ou sexual. Neuza explicou para as gestoras sobre o Guia Lilás criado pela Controladoria Geral da União têm o objetivo de levar informações às servidoras para enfrentar a questão do assédio.
Texto: Bel Manvailer, Setescc