Nos últimos anos, o Brasil vivenciou uma progressão no debate público em torno das questões femininas. Temas como assédio, aborto, maternidade e carreira vêm sendo discutidos amplamente na sociedade e ganhando espaço no cenário político. A luta pelo direito das mulheres vem progredindo não só no Brasil, mas em todo o mundo. Alguns avanços já foram conquistados nas últimas décadas, porém, no que tange a representatividade das mulheres na política, esse debate está muito distante do desejado.
Muitas mulheres ainda têm dificuldades de ocupar cargos de poder, serem eleitas ou terem voz ativa nas tomadas de decisões políticas. Isso acontece devido à exclusão histórica das mulheres na política e que reverbera, até hoje, no nosso cenário de baixa representatividade feminina no governo.
Os organismos de políticas para mulheres, em todas as esferas – federal, estadual e municipal – devem incentivar a participação das mulheres na política, buscando a equidade e a representatividade de 52,50% do eleitorado brasileiro. Recentemente, a Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres lançou a cartilha “Mais Mulheres na Política” (clique aqui), com o objetivo de engajar as mulheres na disputa e subsidiá-las com informações para suas candidaturas.
Para a Secretária Nacional de Políticas para mulheres, Cristiane Britto, “o Brasil precisa superar o cenário de sub-representação das mulheres na política, pois alcançar esse patamar implica aumentar a qualidade da democracia representativa, levando a política brasileira a um nível de harmonia entre representantes e representados condizente com a grandeza do eleitorado feminino. Quando as mulheres, além de serem esposas, mães e profissionais, conseguem conquistar mandatos políticos e cargos públicos, têm, aliadas às políticas públicas aplicadas em várias vertentes, maior chance de atuar para dirimir obstáculos que contribuem para afastar outras mulheres da política e da vida pública”.
Com as eleições municipais 2020 se aproximando, o país tem chances reais de colocar expressivamente mais mulheres nesses espaços de poder e decisão – e os organismos de políticas para mulheres terão papel fundamental nessa discussão. Pensando nisso, a Subsecretaria de Estado de Políticas Públicas para Mulheres (SPPM) realizará nos dias 16, 23 e 30 de setembro uma série de workshops para tratar do tema “Mais Mulheres na política”, buscando “Mais Políticas para as Mulheres”.
Para a Subsecretária Estadual, Luciana Azambuja, “uma sociedade verdadeiramente justa e democrática passa, necessariamente, pela participação da mulher na política. Não há se falar em democracia sem a efetiva participação e representatividade das mulheres. Lugar de mulher é na política e onde mais ela quiser. Com esse pensamento, nossa missão é dizer a todas as mulheres que elas não só podem como devem ter papel ativo na vida pública em seus municípios e estados, bem como ocupar mais espaços na política partidária. Acreditamos que o aumento da participação das mulheres nos espaços de poder contribui para a superação das desigualdades de gênero e, consequentemente, para a redução da violência contra a mulher. ”
O primeiro workshop será nessa quarta-feira (16.09) às 9h, horário de Mato Grosso do Sul, com mediação da Coordenadora de Ações Temáticas da SPPM, advogada Rhaissa Siviero e transmissão ao vivo pela página do facebook @Subsmulheres. A programação prevê falas da Subsecretária de Estado de Políticas Públicas para Mulheres, Luciana Azambuja, que fará uma breve análise sobre a representatividade da mulher na política em Mato Grosso do Sul, seguida da Desembargadora aposentada do TJMS e Diretora da Mulher na Associação de Magistrados de Mato Grosso do Sul, Drª Maria Isabel de Matos Rocha, que irá discorrer sobre a “História e participação das mulheres na política” e, encerrando a manhã, a advogada, professora universitária e Presidente Nacional da Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica, Drª Manoela Gonçalves, abordará o tema “Mulheres na Política – Desafios e Superação”.
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