Educação bem feita faz o futuro dar certo. Com este lema, o programa “MS+Eco” foi apresentado aos alunos da rede estadual de ensino durante a feira de Educação Ambiental realizada na sexta-feira (22), no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande.
Com apresentações musicais, de dança, artes plásticas e declamação de poesias, todas protagonizadas pelos estudantes da rede, gestores, professores, diretores e alunos tiveram a oportunidade de conhecer as políticas públicas de educação ambiental já existentes em Mato Grosso do Sul.
Estandes da UFMS, Agraer, Imasul, MS Gás, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar Ambiental, Famasul, Energisa, Suzano e ICA (Instituto de Conservação de Animais Silvestres) apresentaram como vem desenvolvendo trabalhos na área da sustentabilidade, para assim inspirar a criação de projetos e ideias.
“O Programa é uma iniciativa, a ser executada nas escolas da Rede Estadual de Ensino, voltada para a discussão, participação, democratização e implementação de políticas públicas de Educação Ambiental”, disse o secretário de Estado de Educação, Hélio Daher.
Parceira no evento, a Setescc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania) esteve presente e realizou com os alunos uma atividade de papel machê, mostrando que o que iria para o lixo pode virar artesanato.
“Trouxe as caixas de ovo, piquei, coloquei na bacia para deixar de molho na água, você retira essa massa, tira a água e mistura a cola”, instrui o arquiteto Anderson Watabe, que orientou a atividade.
Como “resultado”, os alunos viram nascer personagens como o Bubassauro, do Pokémon. “O que eles mais gostaram é que você pode fazer um bonequinho para enfeitar, dar de presente, e é só misturar a caixa de ovo com água e cola que vira uma peça única, que você não vai ter comprado e sim feito”, completa Anderson.
Secretária-adjunta de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania, Viviane Luiza reforçou que Educação e Cidadania têm dado as mãos para fazer a diferença e trabalhar a transversalidade proposta pelo Governo do Estado.
“Estamos com projetos de cooperação com a SED que são muito importantes para a garantia de direitos, porque a cidadania passa pela educação. Então, vamos fortalecer os direitos e deveres de cada cidadão começando pela escola. Se queremos um futuro, um amanhã mais igualitário, com menos distanciamento social, o trabalho começa no fortalecimento das políticas públicas educacionais”, enfatizou Viviane.
Um dos pontos que mais chamaram atenção dos alunos foi a meliponicultura no estande da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), onde os profissionais explicaram sobre a criação de abelhas nativas sem ferrão.
Zootecnista da Agraer, Jovelina de Oliveira explica que como o tema de educação ambiental é transversal, a Agraer estava presente para apresentar as práticas realizadas pela instituição nas mais variadas vertentes, desde conservação do ambiente à produção de alimentos, e que podem servir de inspiração para os alunos.
“Falamos das possibilidades de ter um trabalho nessas áreas, e os estudantes ficaram muito interessados em trabalhar um jardim para abelhas, montar um meliponário, trabalhar a conservação ambiental. A maioria não conhecia as abelhas sem ferrão”, descreve Jovelina.
Colegas de sala na Escola Estadual Profª Brasilina Ferraz Mantero, no Jardim Leblon, Gustavo, Caio e Juliana, todos de 13 anos, ficaram encantados com as abelhas sem ferrão, as dezenas possibilidades de reciclagem, e ainda o estande que mostrou como a inteligência artificial ajuda no dia a dia.
“Achamos tudo muito interessante, e a gente já tem ideias do que podemos fazer como o mel na escola, e a reciclagem”, resumiu o trio.
Programa MS+Eco
Educador Ambiental da SED, Douglas Henrique Melo Alencar explica que a iniciativa é estímulo às práticas de educação ambiental pelas unidades escolares, e que a certificação com o selo MS+Eco passará por avaliação de uma comissão.
“A ideia da feira é mostrar as diversas faces de meio ambiente que o nosso estado trabalha, então muitas pessoas acreditam que somente a secretaria de meio ambiente tem que fazer isso, mas na verdade não. Todas as secretarias podem trabalhar a educação ambiental, por isso nós trazemos aqui diversos exemplos de como isso pode ser trabalhado”, fala Henrique sobre a transversalidade presente nos estandes.
O programa é fruto de uma parceria com a Suzano Papel e Celulose e prevê a entrega do Selo “MS+Eco” para as escolas mais sustentáveis da Rede Estadual, além de uma premiação em dinheiro para aquelas escolas com maior pontuação, de acordo com as atividades realizadas.
Ao todo, serão quase R$ 120 mil em premiações distribuídas após a realização das ações para as dez primeiras colocadas e ainda quatro categorias de premiações “bônus”, para atividades inovadoras. A 10ª colocada vai receber R$ 2 mil e a 1ª deverá contar com um prêmio de R$ 20 mil.
Paula Maciulevicius, da Setescc
Foto de capa: Matheus Carvalho/Setescc