O projeto Artesania, realizado pela FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul), subordinada à Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), ofereceu mais uma oficina na última semana, desta vez voltada aos artesãos do município de Itaporã. A oficina de amigurumi foi ministrada pela professora e artesã Maria Emília da Silva França.
Elisângela Aparecida Benagio, da Gerência de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer de Itaporã, explicou como conseguiu trazer a oficina para o município. “Tomei conhecimento das oficinas que o Estado oferece e fui atrás. Através dos grupos de WhatsApp, conheci os coordenadores e percebi o anseio dos fazedores de cultura locais em participar. Já faz mais de 15 anos que Itaporã não recebia uma oficina. Conseguimos trazer a oficina de amigurumi e, para 16 de setembro, já está agendada a emissão da Carteira do Artesão. Esta semana foi de muita euforia, as participantes adoraram o curso e já pedem por uma nova edição. O resultado foi excelente”.
O secretário de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer de Itaporã, Antonino Rebeque, ressaltou a importância da oficina para o município. “Desde que assumimos a pasta, trabalhamos junto com os fazedores de cultura, buscando sempre inovar e trazer novidades. Muitas pessoas aqui vivem do artesanato e essa parceria com a Fundação de Cultura foi muito positiva. Vemos a alegria estampada nos rostos das participantes ao aprenderem algo novo. A técnica do amigurumi é uma novidade para muitas delas, que já têm habilidades com crochê, e agora poderão aprimorar ainda mais suas capacidades”.
Rebeque também salientou a sensibilidade da Fundação de Cultura em pesquisar e trazer o símbolo do município, o peixe, para a oficina. “Achei muito importante o trabalho da Fundação de Cultura em pesquisar sobre a nossa cidade e trazer o que nos representa. Agora, as artesãs poderão confeccionar peças de amigurumi que simbolizam Itaporã, o que certamente atrairá interesse e trará renda para essas pessoas. Essa iniciativa da Fundação de Cultura foi um toque especial que trouxe a nossa realidade para a oficina”.
Maria Emília da Silva França, ministrante da oficina, trabalha com amigurumi, ponto cruz e macramê, e possui a Carteira do Artesão há quase 17 anos. Ela já deu aulas em Ladário e agora esteve em Itaporã para a oficina de amigurumi. “Em Ladário, as participantes conseguiram desenvolver as técnicas que ensino e, em Itaporã, aconteceu o mesmo. Elas confeccionaram todas as peças, desde as mais simples até as mais complexas, e entenderam bem o método de ensino que transmiti, especialmente a parte das receitas, que é a mais difícil no amigurumi”.
Para Maria Emília, a iniciativa da Fundação de Cultura é de grande valor, pois oferece oportunidades que seriam inacessíveis para muitos. “Ao trazer as oficinas para Itaporã e Ladário, a Fundação está ajudando muitas pessoas de baixa renda a aumentar sua renda financeira, fomentando o desenvolvimento dos artesãos da região. Ajudam especialmente as mães que não podem trabalhar fora, colaborando com a renda doméstica. A Fundação de Cultura está de parabéns”.
Graziela da Silva Benites, diarista e artesã, pretende repassar o que aprendeu. “Foi um aprendizado muito valioso, uma verdadeira terapia. É muito pouco uma semana. Aprendi a fazer o trabalho, aproveitei o tempo com as outras participantes e adorei a professora, que é um amor de pessoa. O mais difícil foi aprender a ler as receitas, mas consegui. Quero usar esse aprendizado para crescer, ganhar dinheiro e ensinar a quem quiser aprender”.
Nilceia Alves de Oliveira é professora de artes e viu na oficina uma oportunidade de aprendizado e distração. “Decidi fazer a oficina para espairecer e aprender coisas novas. Fiquei curiosa sobre o amigurumi e está sendo maravilhoso. Aprendi muita coisa, inclusive a ler as receitas, que são complicadas, mas a professora Maria sempre nos ajuda. Pretendo montar um ateliê, confeccionar peças e vendê-las, ganhando um dinheiro extra”.
O que é amigurumi?
Amigurumi é uma técnica japonesa de crochê ou tricô que cria pequenos bonecos e figuras tridimensionais. A palavra “amigurumi” vem da combinação das palavras japonesas “ami” (que significa malha, tricô ou crochê) e “nuigurumi” (que significa boneco de pelúcia). Esses bonequinhos podem ter diversas formas, como animais, personagens, alimentos ou objetos, e são conhecidos por serem detalhados e fofos. A técnica é amplamente utilizada para fazer brinquedos, decoração e presentes artesanais.
Karina Lima, Comunicação Setesc
Fotos: Karina Lima