Professora, historiadora, vereadora por três mandatos, diretora de escola, secretária de educação. Foram muitos os espaços ocupados por Zirleide Silva Barbosa, atual subsecretária de Políticas Públicas para Pessoas Idosas do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul.
Aos 66 anos, falar de sua história é narrar parte dos movimentos sociais e políticos vividos no Brasil. “Sempre estive envolvida. Quando estudante, tive a oportunidade de lutar pelas Diretas Já e também na elaboração de propostas para a Constituição de 88”, lembra.
Com especializações em gestão de políticas públicas, gestão voltada para gênero e raça no currículo, além de história da cultura dos povos indígenas, Zirleide sempre se colocou à frente da luta por direitos.
Sul-mato-grossense de nascença, a professora tem na memória cenas como o uso da palavra na tribuna da Câmara de Vereadores de Rio Brilhante, cidade onde nasceu, o trabalho no movimento estudantil e nas manifestações de rua. “De lá pra cá o que a gente faz nada mais é do que garantir o que está escrito na Constituição de 1988”, pontua.
Das discussões ao planejamento e execução de políticas públicas, a subsecretária vê o trabalho nas pautas de cidadania como missão permanente. “A luta por direitos é cotidiana. Você vende uma etapa e começa a seguinte. É uma continuidade, às vezes têm vitórias, às vezes retrocessos. Isso faz parte da história”, explica.
Trajetória
Quando ainda cursava a faculdade, Zirleide foi dar aula para crianças e adolescentes. Começava aí o primeiro contato com a infância e juventude que serviria de sementinha para o trabalho fortalecido nas décadas seguintes.
Com passagem também pela Secretaria de Estado de Fazenda, a professora trabalhou na educação fiscal aprendendo e também ensinando. Desde o que são os tributos, sua importância e a função socioeconômica, até qual é o caminho que ele faz para voltar em forma de política pública para a população.
“Trabalhar na Setescc, executar políticas públicas me remete a missões anteriores. Nesta etapa, trabalho com pessoas idosas e você vê que tudo é continuidade. Porque quando se fala em direitos da mulher idosa é preciso garantir o direito das mulheres de outras faixas etárias, das meninas”, finaliza a subsecretária.