A partir de hoje, 3 de março, o programa Vale Universidade Indígena abre inscrições. O programa é desenvolvido pela Secretaria de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast) do estado de Mato Grosso do Sul. Com o benefício social, a permanência de estudantes indígenas na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) pode ser melhor garantida.
As inscrições já estão abertas no link: www.valeuniversidade.ms.gov.br e o prazo termina às 16h do dia 31 de março. Para participar do Vale Universidade Indígena, o estudante precisa comprovar que possui renda individual igual ou superior a dois salários mínimos e meio, e renda familiar mensal de até quatro salários mínimos (de renda bruta).
Podem se inscrever todos os acadêmicos indígenas que tenham residência fixa em Mato Grosso do Sul, e que estejam inscritos no Cadastro Único, instrumento de coleta de dados e informações para Programas Sociais do Governo Federal.
Na inscrição no Vale Universidade o estudante deverá apresentar a folha de rosto com o Número de Identificação Social (NIS). Além disso, o acadêmico não pode possuir outro curso de graduação de nível superior. Segundo a Resolução N° 284 publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) pela Sedhast, o candidato matriculado poderá receber visitas em sua residência, local de trabalho e instituição de ensino superior para verificação da veracidade das informações prestadas.
Para Fernando Souza, subsecretário de Políticas Públicas para a População Indígena da Secretaria de Cidadania e Cultura (Secic). “O Vale Universidade é extremamente importante e contribui na permanência do jovem indígena nas universidades que são localizadas fora das aldeias. Com o Vale Universidade os jovens podem ajudar na garantia de sua alimentação, apoio em material didático e aluguel. Com o apoio deste programa do governo do Estado, os estudantes conseguirão se manter na universidade ao longo do período letivo até a conclusão do curso”, explica.
Já a Superintendente de Projetos Especiais (Suproes/Vale Universidade) que coordena o projeto, ressalta que, “o programa se torna importante pelo apoio a permanência na Universidade a partir do auxílio financeiro e as parcerias que nós temos com os locais que recebem esses acadêmicos no estágio, os mesmos recebem o valor do benefício em conta, auxiliando a questão financeira da família do acadêmico. Como nossos acadêmicos são de baixa renda, muitas vezes acaba sendo a única fonte de renda familiar, enquanto se mantém na Universidade e além de saírem da graduação com experiência profissional.”
Texto: Maria Isabel Manvailer – estagiária com supervisão de Jaqueline Hahn Tente – Secic