Encerrando a primeira edição do projeto “Saúde LGBT+ em Movimento”, a Subsecretaria de Estado de Políticas Públicas LGBT em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde, com o Instituto Brasileiro de Transmasculinidade (IBRAT/MS) e a ONG Casa Satine, realizou no sábado (30.01) uma oficina de prevenção de IST/AIDS destinada aos homens trans.
A ação teve como objetivo oferecer informação adequada às especificidades dos homens trans, debatendo a prevenção, a sexualidade, a discriminação e o preconceito na busca dos cuidados em saúde.
De acordo com o Subsecretário de Estado de Políticas Públicas LGBT, Leonardo Bastos, a agenda foi positiva e criada a partir das demandas que chegam até a Subsecretaria. “Nossa proposta com o projeto Saúde LGBT+ em Movimento, foi de focar nas questões relacionadas a saúde dessas pessoas. Desde ouvi-los/las quanto ao acesso e atendimento no que tange a saúde, quanto na outra via, reuniões internas com equipes voltada ao atendimento ao público LGBT. E como na sexta-feira (29) foi o dia Nacional da Visibilidade Trans, encerramos as atividades com essa roda de conversa. Foi muito produtiva, com troca de experiências e esclarecimentos. Nosso papel como poder público é fazer essa intermediação, essa transversalidade entre os serviços”, explica Leonardo.
Vale ressaltar que as IST’s são infecções cuja transmissão ocorre frequentemente por meio das relações sexuais. Em geral, são assintomáticas e também podem ser transmitidas nessa fase.
Já no caso do HIV, sabemos que há muitas pessoas vivendo com o vírus que passam anos sem apresentar sinais ou sintomas e sem desenvolver a doença. Mas, podem transmitir o vírus a outras pessoas por meio de relações sexuais desprotegidas. Por isso a prevenção combinada e a testagem são de suma importância.
Para o advogado Henrique Dias, criador do perfil @advogadopositivo, “o encontro foi bom para acolher e orientar os jovens nessa transição que vem passando, com assuntos de extrema importância, que é a prevenção às ISTs. Poder reunir esses jovens, poder escutá-los e poder fazer algo em troca já faz toda a diferença. Fiquei muito feliz em poder participar. ”
As dúvidas foram esclarecidas pela enfermeira Clarice Souza Pinto, apoiadora do MS no Projeto de Integração da Vigilância em Saúde/ Atenção Primária e pela Gerente Técnica de IST da SES, Alessandra Salvatori.