No mês em que se comemora o Dia do Líder Comunitário, instituído por lei federal em 5 de maio, a Subsecretaria de Assuntos Comunitários, pasta ligada à Setescc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania) dá o pontapé no “Perifeirarte” um projeto que vai rodar comunidades de todo Mato Grosso do Sul fortalecendo lideranças comunitárias e levando arte e cultura para a população.
Nas edições do “Perifeirarte”, a equipe da subsecretaria passa nas comunidades identificando lideranças, ensinando conceitos de comunitarismo, cooperativismo e fortalecendo associações.
Subsecretário de Assuntos Comunitários, Jairo Luiz da Silva, explica que o papel da subsecretaria é de fomentar as lideranças comunitárias. “Quais são as lideranças comunitárias formais ou não desta região? Depois de identificá-las, vamos articular através da transversalidade a resolução de determinados problemas dessa comunidade”, exemplifica Jairo.
Nas andanças da primeira edição do “Perifeirarte”, a subsecretaria chegou até o trabalho da irmã Maria Rafaela, religiosa que faz a ponte entre os moradores da comunidade São José, na cidade de Bandeirantes, e a Igreja Católica do município.
“Eu digo que não sou líder comunitária, sou consagrada e faço um trabalho mais contemplativo atendendo às famílias pobres e necessitadas. Faço um trabalho social, e pastoral”, justifica a irmã.
Há quatro anos em Bandeirantes, é na porta da casa dela ou pelo telefone que os pedidos de ajuda chegam, desde cesta básica a roupas e brinquedos.
Do encontro da subsecretaria com a irmã Maria Rafaela já saiu a ideia de formar uma ONG, registrada e legalizada para que o trabalho se perpetue. “É uma ótima ideia esta, e estou pensando já nas pessoas que vou convidar para estarem junto comigo. Assim a gente pode ajudar mais famílias e dar continuidade ao trabalho quando eu já não estiver aqui”, comenta.
Assuntos Comunitários
De portas abertas, a subsecretaria tem convidado lideranças comunitárias para levantar necessidades. Em uma das reuniões no prédio da Setescc, esteve presente a coordenadora da Cufa de Campo Grande, a Central Única de Favelas, Letícia Polidório.
“A Cufa bem como outras associações de comerciantes, ou moradores, entidades religiosas que cumprem um papel essencial para o Estado. Elas prestam serviço à comunidade, e às vezes não estão formalmente constituídas, mas a subsecretaria identifica estas lideranças para estabelecer parceria para que estas demandas coletivas cheguem ao poder público”, frisou Jairo.
Com um trabalho já consolidado, a Cufa atende famílias em situação de vulnerabilidade, principalmente na região do Bairro São Conrado. “Para mim, ser líder comunitária é fazer uma ponte entre as pessoas que moram na periferia com o poder público, com o judiciário. É facilitar a comunicação dessas pessoas, é levar os direitos até eles, e as demandas para os espaços públicos”, finaliza Letícia.