Com 302 famílias das etnias Terena, Guarani, Guató e Kadiwéu, a aldeia indígena Água Bonita vem se desenvolvendo ao longo do tempo na região norte de Campo Grande. Aos 22 anos de existência, o povoado está cada vez mais integrado à sociedade graças às iniciativas do poder público e também da própria comunidade.
Estado constrói mais 43 casas para os indígenas, além das 79 já entregues
Parte dos indígenas que vive na aldeia trabalha ali mesmo, entre construções de casas populares, criação de peixes em caixas d’água, montagens de blocos de concreto e até no manejo de hortas orgânicas, movimentando a economia local e gerando oportunidades.
Presidente da Associação de Moradores da Comunidade Indígena Aldeia Água Bonita, o cacique Alder Romeiro Larrea, de 40 anos, enumera os avanços conquistados na comunidade nos últimos anos, a maioria deles adquiridos com apoio do Governo do Estado.
Cacique Alder, da Aldeia Água Bonita
“A melhor coisa que já foi feita aqui foi essa parceria com o Estado, que já foi feita há anos”, afirma ele, apontando para as casas em construção e também para as hortas cheias de legumes e hortaliças que pintam o horizonte.
Desde que o Estado passou a atuar de forma transversal na Aldeia Água Bonita, 79 moradias já foram construídas e entregues aos indígenas. Alguns deles participaram da construção das próprias casas. “Antes, aqui era só barraco de madeira, lona e papelão. Era uma situação precária. Agora, com essas últimas 43 casas em construção, não vai ter mais barraco. Todo mundo vai ter casa de alvenaria”, conta.
Ao todo, a Agehab (Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul) já aplicou mais de R$ 6 milhões no povoado. As ações contemplam a reforma completa da Oca da Água Bonita, o espaço tradicional destinado a reuniões e celebrações das tradições típicas indígena. “Estamos conseguindo acabar com a precariedade habitacional em que as famílias viviam quando chegamos ao Estado em 2015”, disse a presidente da Agência, Maria do Carmo Avesani Lopez.