O auditório que leva o nome de Almir Sater, na Faculdade Estácio de Sá, ficou pequeno para tantos talentos e reconhecimento. Na manhã desta terça-feira (29), educação e cidadania, pilares fundamentais de uma sociedade, caminharam de mãos dadas mostrando que trabalhar lado a lado é a melhor forma de enfrentar o capacitismo (discriminação contra pessoas com deficiência) e promover a dignidade.
Durante o I Seminário Estadual Educação ao Longo da Vida: múltiplos espaços de aprendizagem para Pessoas com Deficiência, o titular da Secretaria de Estado de Educação, Hélio Daher, trouxe à reflexão o tom do trabalho.
“Quem estava aqui se apresentando, essa turma, se vocês fecharem os olhos, quantos de vocês falariam que seriam músicos tão especiais quanto estes que estavam tocando?”. O secretário se referia à banda Ritmos sem Fronteiras, que evidenciou o quanto todas as pessoas são capazes de mostrar o que tem de melhor.
Daher enfatizou que o trabalho nas escolas têm sido feito, e que a educação para pessoas com deficiência precisa ir além dos muros. “A gente deve começar a fazer barulho na sociedade, que tem muito disso de considerar mais a limitação das pessoas do que o que elas têm de potencial, de crescimento, e o que podem oferecer para a sociedade”, pontua o secretário.
Nas palavras do titular da SED, o papel do Estado agora ampliou, e passa a ser não só de receber o aluno, de formá-lo, mas também abraçar a educação profissional e levar isso a todos os cidadãos e cidadãs.
“O papel da SED é ser um grande incentivador, de pegar cada estudante nosso e até aqueles que não estão mais matriculados, mas que são pessoas que têm que ser recebidas em seu ambiente de convivência e aprendizagem e mostrar para todo mundo que eles têm potencial. Não dá mais para a gente se bastar com a educação básica e formal, precisamos ser incentivadores até o ponto em que a sociedade entenda que aquela pessoa tem potencial, qualidades, virtudes e que ela vai entregar como qualquer pessoa”, frisa Daher.
Coordenadora de Políticas para Educação Especial da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul, Adriana Buytendorp explica que o projeto é reconhecer os alunos dentro do processo de aprendizagem ao longo da vida, como uma política pública de educação, inclusão e cidadania.
“O processo de aprendizagem deve levar em consideração o conceito fundamental de educação ao longo da vida, que é a educação integral, a formação e a educação para o desenvolvimento humano na sua integralidade. Então, venho trazer esta perspectiva técnica e o quanto estamos felizes em discutir aqui essa temática e também identificarmos quais são os caminhos necessários para que se possa efetivar uma educação ao longo da vida”, ressalta.
Para a secretária-adjunta da Setescc (Secretaria de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania), Viviane Luiza, o Governo do Estado, junto com a pasta de Educação e Cidadania, vem trabalhando para não deixar ninguém para trás.
“Estamos fazendo políticas de dentro para fora, construindo junto com a participação social, que a gente vê hoje, com todos vocês aqui presentes fazendo inclusão de todos, e fechando os olhos para o capacitismo”, resume Viviane.
Paula Maciulevicius e Bel Manvailer, da Setescc