Durante o Seminário de Combate ao Feminicídio, realizado na tarde de quarta-feira (01), a Subsecretaria de Estado de Políticas Públicas para Mulheres (SPPM), lançou a 3ª edição do Mapa Estadual do Feminicídio.
Publicado desde o ano de 2019, o mapa é elaborado em parceria com a Delegacia-geral da Polícia Civil, e apresenta o mapeamento das mortes violentas de mulheres, tipificadas como feminicídios ocorridas no Estado, com o objetivo de sistematizar e divulgar os dados de violência contra a mulher e feminicídio, que servirão como subsídios para a elaboração de políticas públicas de enfrentamento à violência.
“Os indicadores trazidos no mapa irão subsidiar as políticas públicas de combate ao feminicídio em nosso Estado, buscando trazer ações efetivas, embasadas em dados técnicos, para que possamos erradicar essa chaga que tanto aflige nossa sociedade”, destaca a Subsecretária de Políticas Públicas para Mulheres, Rosana Leal.
O Mapa do Feminicídio traz dados dos 34 casos ocorridos no Estado no ano de 2021 e a constatação de que a maioria das mortes, 53% ocorreram naquele lugar onde as mulheres deveriam estar mais seguras, na sua residência, em área urbana e pelas mãos de seus companheiros e ex-companheiros, que não aceitavam o fim do relacionamento ou manifestaram o sentimento de posse.
Na ocasião, o Secretário-adjunto de Cidadania e Cultura, Eduardo Romero, reforçou a importância do conteúdo apresentado para balizar as políticas públicas e ações, nas mudanças de comportamento, mas que os mesmos dados ainda nos apresentam dados preocupantes.
“Nós temos um avanço das políticas e referências legais e ao mesmo tempo os números que gritam o quanto ainda coisas tão antigas do comportamento humano continuam acontecendo. Dentre elas as ações de violência, sobretudo com a questão do homem se achar superior a mulher ou de determinados grupos também dentro do próprio movimento feminista se achar superior a outros lucros porque a violência não está só entre homem e mulher ela está em vários espaços da sociedade. Mas é fundamental que a gente faça nesse primeiro de julho essa discussão, conheçamos os dados, fazendo uma reflexão crítica sobre eles e apontemos outros caminhos”, finaliza.
O Seminário foi realizado no auditório da Governadoria em Campo Grande, e contou com dois painéis. O primeiro abordando os “Aspectos da Lei 13.104/2015: história, alterações legislativas e políticas públicas”, com a participação da Advogada criminalista Andrea Flores, Defensora Pública Thais Dominato e a advogada especialista em direito das mulheres Luciana Azambuja.
E o segundo debatendo os “Fatores de risco relacionados ao feminicídio em contexto no Mato Grosso do Sul”, com a Delegada Elaine Benicasa, a Promotora de Justiça Luciana Rabelo e a Juíza Helena Coelho.
O relatório produzido está disponível AQUI
Fotos: Edemir Rodrigues – Subcom