O Governo do Estado, por meio da Subsecretaria de Políticas Públicas para Mulheres, atua na defesa e garantia dos direitos humanos das mulheres, especialmente na proteção e assistência às mulheres vítimas de violência, visando à superação da situação de violência e a autonomia econômica e social, com base nas diretrizes dos planos nacional e estadual – o desafio é alcançar a todas, nos 79 municípios sul-mato-grossenses, considerando as suas especificidades e particularidades.
Em tempos de pandemia, a campanha Agosto Lilás de 2020 está sendo realizada através de atividades virtuais e entrevistas em rádios, buscando atingir mulheres urbanas e rurais, camponesas, indígenas e quilombolas. “Lançamos vídeo em libras para mulheres surdas, podcasts para mulheres cegas e agora lançamos posts para redes sociais e que podem ser compartilhados em grupos de whatsapp, sobre as formas de violência tipificadas na Lei Maria da Penha, nas línguas Guarani e Terena, as duas maiores etnias indígenas de Mato Grosso do Sul”, explica a subsecretária Luciana Azambuja.
O Estado possui a segunda maior população indígena do Brasil e as mulheres dessas comunidades também sofrem com as vulnerabilidades sociais e violências em âmbito doméstico e familiar, merecendo atenção diferenciada do Poder Público, pois estão mais distantes da informação e dos serviços públicos.
A subsecretária Luciana informa que conta com apoio de vários caciques e capitães das aldeias, que combatem a violência contra mulheres e denunciam os agressores, sendo de extrema importância essa atuação, que reforça a mensagem de não-aceitação e não-tolerância da violência.
Em 2017 iniciou-se um trabalho de prevenção e combate à violência doméstica e familiar contra mulheres nas aldeias Jaguapiru e Bororó, em Dourados, quando as próprias mulheres indígenas criaram o slogan da campanha: “Basta de violência doméstica contra mulheres indígenas. Não faz parte da nossa cultura! Temos nossos direitos!”, traduzido para Guarani e Terena em material impresso distribuído nas rodas de conversa e palestras realizadas pela Polícia Civil (Delegacia de Atendimento à Mulher – DAM) e Polícia Militar (Programa Mulher Segura – PROMUSE) do município de Dourados.
O site www.naosecale.ms.gov.br, lançado em abril/2020, como um canal silencioso de informações e orientações às mulheres em situação de violência, traz um capítulo específico sobre a violência contra mulheres indígenas e também traz mensagem nas línguas Guarani e Terena. Acesse o link: https://www.naosecale.ms.gov.br/violencia-domestica-contra-mulheres-indigenas/.
“A pandemia impediu a realização das atividades presenciais nas aldeias, mas estamos utilizando a tecnologia a nosso favor, para disseminar informações sobre a Lei Maria da Penha pelas redes sociais e whatsapp, com eventos virtuais transmitidos pelo Facebook @SubsMulheres. É nossa atribuição alcançar as mulheres indígenas: a Lei Maria da Penha deve valer para todas.”
A subsecretaria também lançou o programa “Recomeçar”, com oficinas gratuitas e online, abordando temas como: liderança, negociação, vendas, finanças, autoimagem, networking e ferramentas digitais. As oficinas são oferecidas pelo Instituto Rede Mulher Empreendedora e a próxima edição será no sábado (22.08), das 9h às 11h, com inscrição pelo link: https://forms.gle/4zZhdEUjTjbKqrGf9.
POSTS EM TERENA
Traduzido por Dalila Terena
POSTS EM GUARANI
Traduzido por Elda Vasquez