Nesta segunda-feira, o dia da LIBRAS completa 21 anos, no dia 24 de abril de 2002 foi sancionada a lei nº 10.436 que assume a Língua Brasileira de Sinais como meio legal de comunicação do país. Cada país tem a sua própria Língua de Sinais, sendo bem característica dos locais.
A LIBRAS beneficia pessoas com deficiência auditiva parcial ou total, com mutismo ou mudez e com alguma dificuldade de comunicação, por exemplo o transtorno do espectro do autismo. A Linguagem é muito importante em todos os aspectos para garantir a cidadania, e é essencial para identificação da cultura de um povo.
O lojista, Rafael Ortigoza Cano acredita que além de obter um novo conhecimento, ao saber LIBRAS ele pode incluir pessoas com deficiência. “A minha motivação é poder me comunicar cada vez mais e proporcionar acessibilidade em qualquer lugar para essas pessoas. Acredito que temos que ser acessíveis, ao modo de quando essa pessoa for em algum estabelecimento comercial, por exemplo, conseguir se comunicar e ser atendido sem nenhum tipo de transtorno ou dificuldade.” comenta Rafael.
Com intuito de incluir pessoas com deficiência, o governo do estado oferece oportunidade para o aprendizado da LIBRAS. Por meio do CAS (Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez), a SED (Secretaria de Estado de Educação) abre turmas para o curso de LIBRAS todos os anos.
Para a subsecretária de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência, Telma Nantes de Matos, a Língua Brasileira de Sinais é fundamental para a comunicação e acesso à informação. “É imprescindível que principalmente os locais públicos tenham intérpretes, para que as pessoas com deficiência tenham acesso a informação e a comunicação, que é um direito garantido nas legislações, nós precisamos cada vez mais democratizar o ensino da LIBRAS.”
Keyla Aparecida de Oliveira, estudante de Letras, relata que o estudo da Linguagem foi necessário para poder ensinar o seu filho. “O meu filho nasceu surdo, tive contato com a Língua para que ele pudesse ter também. É importante para me comunicar e explicar as coisas do dia a dia para ele.”
Por meio da linguagem a pessoa surda pode ser inserida socialmente, no mercado de trabalho e atuar em qualquer profissão que quiser. Dessa forma é fundamental que pessoas que não possuem deficiência se interessem por aprender a Língua Brasileira de Sinais, como uma forma de incluir outras pessoas.
Texto: Bel Manvailer, Setescc
Fotos: Arquivo