Campo Grande (MS) – O Dia Internacional dos Povos Indígenas, celebrado nesta sexta-feira (09), foi tema da 6ª edição do projeto “Diálogos de Cidadania”. A data foi instituída em 1994 pela Assembleia Geral das Nações Unidas. Os membros da ONU escolheram o 9 de agosto porque nessa data, em 1982, ocorreu a primeira reunião do Grupo de Trabalho sobre Populações Indígenas.
“Esse é um momento de reflexão, de festejar a vida. Cada dia que passa lutamos pelos nossos direitos, apresentando propostas do que nós queremos de políticas efetivas para o nosso povo, enfim hoje é dia de celebração”, afirma a Subsecretária de Políticas Públicas para a População Indígena, Silvana Dias de Souza de Albuquerque.
Aqui no Estado segundo a Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI/MS), a população indígena soma 80.459 habitantes, presentes em 29 municípios. Representados por 08 etnias: Guarani, Kaiowá, Terena, Kadwéu, Kinikinaw, Atikun, Ofaié e Guató.
Após o debate sobre a importância da data, a equipe da Subsecretaria de Políticas Públicas para a População Indígena organizou um café da manhã com as comidas típicas do povo indígena do Mato Grosso do Sul.
De acordo com a professora e especialista em Educação Escolar Indígena, Suelise Ferreira, é necessário que a sociedade respeite a especificidade e o direito de ser diferente dos povos indígenas. “Mato Grosso do Sul tem caminhado de forma a valorizar o jeito de ser e de viver dos povos indígenas e principalmente procurando com que eles possam ser protagonistas de suas histórias. Esse encontro aqui hoje tem que ser valorizado porque esses diálogos aqui travados são cidadãos”, conclui.
A ONU escolheu o ano de 2019 como o Ano Internacional das Línguas Indígenas — um marco que chama atenção para a necessidade de preservar e promover esses idiomas. O Fórum Permanente da ONU sobre Questões Indígenas estimava, em 2016, que 40% das aproximadamente 6,7 mil línguas faladas no mundo estavam em risco de desaparecer. A maior parte desses idiomas é indígena.
“O 9 de agosto trouxe para a nossa equipe e para os participantes o Diálogos, a valorização da cultura, da riqueza, dos conhecimentos tradicionais dos povos, a valorização do modo de vida indígena”, conclui a Secretária Especial de Cidadania, Luciana Azambuja.